Saiu pela culatra

No último dia 1º, trinta ativistas do Greenpeace abriram uma faixa de 50m x 30m no vão principal da ponte Rio-Niterói para enviar uma mensagem clara ao G20: “Líderes mundiais: o clima e as pessoas em primeiro lugar”, para alertar que as negociações entre eles, em Londres, deveriam incluir não só a crise financeira e econômica, mas também e fundamentalmente o clima e as pessoas afetadas pelas mudanças climáticas.
Atitude louvável se a ação do grupo não tivesse provocado um congestionamento que se estendeu por toda a manhã, fazendo com que os carros e ônibus emitissem mais poluentes, contribuindo para o aquecimento global.
Apesar de simpatizar com a causas defendidas, acho que o Greenpeace poderia ter escolhido outro local ou horário para a ação, sem causar ainda mais problemas para a população. E, mais importante ainda, deveria reconhecer o erro e pedir desculpas decentemente, sem querer comparar a falha humana às ações da natureza. Valeu a intenção, mas precisa admitir que pisou na bola ao não planejar melhor a ação.

Pedido de desculpas pelos transtornos causados, mas sem mencionar o aumento de CO2 lançado na atmosfera, provocado pelo congestionamento

Desculpa esfarrapada

Enquanto isso, no G20, os líderes reafirmaram um compromisso de 15 meses atrás, relativo à aprovação de um novo tratado que substitua o Protocolo de Kyoto, e resolveram "acelerar a transição" para um modelo econômico de baixa emissão de carbono.
Os ambientalistas, que desejavam sinais mais firmes na direção de uma economia mais enxuta, alimentada à base de energia solar e eólica, de modo a evitar uma futura crise climática e uma escassez energética com efeitos ainda piores que os da crise financeira, se queixaram do caráter vago do compromisso dos líderes mundiais no combate ao aquecimento global.
"Ao mobilizar as economias do mundo para reagirem à recessão, estamos resolvidos a ... promover um crescimento com baixo carbono e criar empregos 'verdes', dos quais depende a nossa prosperidade futura", disse o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, na qualidade de anfitrião do encontro.

Indignação I – Há algum tempo assisti uma matéria na tv sobre a falta de água no interior do Ceará. Em Nova Jaguaribara, onde fica o maior açude do Nordeste, os moradores sofrem com a falta d’água. Isso porque a água, que poderia atender à localidade e mais 15 municípios vizinhos, tem outro destino: irrigar o plantio de frutas para exportação do Vale do Jaguaribe, abastecer a zona portuária e a região metropolitana da capital. Para impedir o desvio da água e impedir que as pessoas que tem sede ‘roubem’ a água o governo do Ceará contratou um forte esquema de segurança com câmeras de monitoramento, vigias motorizados e armados. Alguns desses vigias admitiram que ‘fecham os olhos’ e permitem que os habitantes do local usem a água do açude. Isso é só o começo. Atualmente, mais de 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água doce. De acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas, daqui a quarenta anos esse número pode subir para 10 bilhões de pessoas! É importante conscientizar a população sobre o valor da água. O simples gesto de fechar a torneira na hora de escovar os dentes já faz diferença.
Conheça o projeto Eixão

Indignação II – A Barbie foi transformada em bolo para a comemoração do próprio aniversário de 50 anos.
A Mattell da Austrália, produtora da boneca, decidiu homenagear sua famosa criação com um bolo de 2,1 metros de altura e mais de 50 quilos.
O molde para o doce foi uma edição limitada da Barbie. Uma equipe formada pela cabelereira Joh Bailey, o estilista Alex Perry, o joalheiro Stefano Canturi e a Sweet Art Bakers foi responsável pela confecção do bolo.
Avaliado em US$ 50 mil, o bolo de chocolate coberto com glacê foi decorado com flocos de ouro e cristais Swarovski.
Com tantas crianças passando fome, alguém sabe o que foi feito do bolo?

Aproveite a viagem e pousem também:
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P.S.: Amanhã vou fazer a prova do concurso Antaq. São “apenas” 2.026 pessoas disputando uma única vaga. Como já investi tempo e dinheiro, vou lá disputar com os nerds e com outros que se enquadram no mesmo perfil cara de pau que eu. Talvez eu tivesse uma chance se apelasse pra promessas como subir de joelhos as escadarias da Igreja do Passo (ou do Paço) ou andar os quase 70 quilometros que separam o aeroporto até a Igreja do Bomfim.




B! (de Bola fora...ou Boa sorte!)