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Voltei...de novo!

"O sol demorou-se pouco. Distribuiu carícias e sorrisos e, satisfeito ao ver que tudo estava em ordem neste pedacinho do seu mundo, recolheu-se de novo atrás da cortina para envolver-se no cobertor das nuvens. O céu fechou-se mais uma vez. A capa cinzenta tornou a se unir, recobertos os rasgões e esgarçados. Não mais se advinhou o cerro azul. E a chuva voltou a cair, mansinha e persistente, prometendo enfiar pelo resto do dia e pela noite adentro.

E as borboletas? As borboletas desapareceram. De repente, como haviam surgido, sem deixar vestígios. Sumiram. Não sei como nem sei para onde. Possivelmente estarão por aí, escondidas no meio da folhagem, esperando que apareça, por poucos momentos que seja, outro raio de sol dentro do qual possam bailar. Esperam serenas porque sabem que outros raios de sol hão de vir. E saboreiam em silêncio a alegria que tiveram... Vou aguardar a volta das minhas borboletas."
(trecho de "As Borboletas", de Vivaldo Coaracy)

Pois é. Voltei...de novo.

Dizem que para se conhecer bem uma pessoa é necessário vê-la em todos os seus extremos. Então estou me voltando para o extremo-eu e assumindo total responsabilidade por perdas, danos e, claro, pelos benefícios dessa expedição. Arriscando nas atitudes e abraçando as consequências. Uma hora eu teria que parar...dar prioridade a mim. Finalmente.

Estou adquirindo conhecimento sobre mim e sobre o mundo. Segurando minha própria mochila e escutando meus anjos da guarda. Fazendo nada além do que ser eu mesma. Abrindo os olhos para a vida e piscando quantas vezes eu achar necessário. Sentindo o sol, sentindo o vento, sentindo cansaço, sentindo falta...sentindo. Entendendo que tudo muda e que os rumos errados existem para ser mudados. Preciso dos erros e, com certeza, o certo não é certo visto por todos os ângulos.

Estou amando no sentido prático da palavra. Amando as pessoas que se importam, que me conhecem e as que estão aprendendo a me conhecer. Sem elas eu não seria ninguém.

Não...não virei santa. Continuo desperdiçando energias odiando...perdendo minha paz com raiva, mas aprendendo a recuperá-las depois.

Quero traçar meus objetivos e transformar meus sonhos em resultados. Respirar fundo, molhar os pés na superfície, mergulhar e trazer estrelas do mar, histórias pra contar.
Quem sabe um dia eu não escreva sobre o que aprendi, as coisas que vi e o quanto já vivi? Quem sabe um dia eu descubro o meu dom ou descubro que "ser" já é o melhor dos dons?

"Encontrar o que lhe faz sorrir é o caminho evolutivo para uma vida melhor."

Simples assim?
Sim.

Agora vou estudar porque tenho prova de dermatologia e ainda preciso aprender muito.

B! (de Boa sorte!)